Em discurso recente na abertura da 69 Assembléia Geral da ONU, Dona Dilma exagerou. Fez propaganda política, solucionou os problemas do mundo, e, como sempre, se enrolou, chamando a “Cúpula do Clima” de “Cúpula do Crime“ (14:22 min). Parece que Dona Dilma pensou que estava em casa, ou tratando de assuntos do dia a dia. Mas, o mais constrangedor foi o cinismo da sua mensagem. Falou da luta pela democracia, mas não mencionou que ela pegou em armas para defender a instauração de uma ditadura Soviética no lugar da existente ditadura de direita. Ela lutou pela democracia tanto quanto o ditador Fidel Castro ou os seus amigos Bolivarianos. Isto é bem evidente no caso do Uruguay, quando o seu atual presidente Jose Mujica, então guerrilheiro Tupamaro nos anos 70 e companheiro de Dilma, pegou em armas para derrubar um governo civil, democraticamente eleito, em prol de uma ditadura Soviética. Dona Dilma criticou os problemas na Ucrânia, mas faltou dizer que ela proporcionou palco ao Vladimir Putin e que o Brasil petista está lucrando muito vendendo para a Russia tudo o que o mundo civilizado se recusa em vender em defesa da Ucrânia. Dona Dilma, falou da estabilidade macroeconômica do Brasil, sem mencionar a nossa queda de produtividade, alta taxa de juros, alta inflação, crescimento pífio e corrupção endêmica. Finalmente, Dona Dilma, como não poderia deixar de ser, deu vazão ao seu antiamericanismo e criticou o mundo civilizado que usa a força bruta contra os indefesos radicais integrantes do Estado Islâmico. Tudo, segundo ela, poderia ser resolvido com o diálogo, o que mostra o seu completo desconhecimento do assunto. Faltou perguntar se a outra parte quer o diálogo (já disseram conversão ou morte), e, se a Dona Dilma consegue ter tamanha habilidade política em estabelecer diálogos, por que então não o utiliza para resolver o câncer da violência no Brasil, que é um dos nossos piores problemas e que o governo petista só fez agravar? Parafraseando Eça de Queiroz, parece que Dona Dilma “insiste em insultar o Universo com a sua existência”. Fala sério!