Category Archives: Política Econômica

“Cúpula do Crime”? Dilma se Atrapalha na ONU. Fala Sério!

Em discurso recente na abertura da 69 Assembléia Geral da ONU, Dona Dilma exagerou. Fez propaganda política, solucionou os problemas do mundo, e, como sempre, se enrolou, chamando a “Cúpula do Clima” de “Cúpula do Crime (14:22 min). Parece que Dona Dilma pensou que estava em casa, ou tratando de assuntos do dia a dia. Mas, o mais constrangedor foi o cinismo da sua mensagem. Falou da luta pela democracia, mas não mencionou que ela pegou em armas para defender a instauração de uma ditadura Soviética no lugar da existente ditadura de direita. Ela lutou pela democracia tanto quanto o ditador Fidel Castro ou os seus amigos Bolivarianos. Isto é bem evidente no caso do Uruguay, quando o seu atual presidente Jose Mujica, então guerrilheiro Tupamaro nos anos 70 e companheiro de Dilma, pegou em armas para derrubar um governo civil, democraticamente eleito, em prol de uma ditadura Soviética. Dona Dilma criticou os problemas na Ucrânia, mas faltou dizer que ela proporcionou palco ao Vladimir Putin e que o Brasil petista está lucrando muito vendendo para a Russia tudo o que o mundo civilizado se recusa em vender em defesa da Ucrânia. Dona Dilma, falou da estabilidade macroeconômica do Brasil, sem mencionar a nossa queda de produtividade, alta taxa de juros, alta inflação, crescimento pífio e corrupção endêmica. Finalmente, Dona Dilma, como não poderia deixar de ser, deu vazão ao seu antiamericanismo e criticou o mundo civilizado que usa a força bruta contra os indefesos radicais integrantes do Estado Islâmico. Tudo, segundo ela, poderia ser resolvido com o diálogo, o que mostra o seu completo desconhecimento do assunto. Faltou perguntar se a outra parte quer o diálogo (já disseram conversão ou morte), e, se a Dona Dilma consegue ter tamanha habilidade política em estabelecer diálogos, por que então não o utiliza para resolver o câncer da violência no Brasil, que é um dos nossos piores problemas e que o governo petista só fez agravar? Parafraseando Eça de Queiroz, parece que Dona Dilma “insiste em insultar o Universo com a sua existência”. Fala sério!

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Un decreto buitre…, habla sério!

Eu não iria escrever este post. Pensei que seria uma perda de tempo, chover no molhado. Mas, é muito difícil calar quando vemos um povo irmão afogando-se numa poça d’água, que eles mesmos criaram. É o caso da Argentina, que há muito sofre com as mazelas deixadas pelo Peronismo, e que foi recentemente turbinado pelo populismo Kirchnerista/Bolivariano. Reeleita pelo voto de piedade depois do falecimento do seu marido Nestor Kirchner, Cristina Kirchner vem provando cada vez mais a sua total incapacidade de governar, tudo a custa do povo argentino (inflação e desemprego ascendentes, baixas reservas internacionais, desvalorização do peso, etc). A renegociação da dívida argentina em 2005 e 2010 foi provavelmente entregue a advogados abutres (ou buitres, em Espanhol), já que tornou-se um caso clássico de incompetência jurídica, onde medidas simples como a inclusão de uma cláusula coletiva, dentre outras, poderiam ter evitado o triste imbróglio que se vê hoje e que tanto vai custar ao povo argentino. Em sua empreitada mais recente, Dona Cristina, num rompante abutre, resolveu revogar a lei da oferta e da procura, com seu decreto em que coloca nas mãos do estado o controle da produção, oferta e margem de lucro da economia. No Brasil, aprendemos a duras penas nos anos 80 que economia e as forças de mercado não se controlam por decreto. E o resultado vai do desabastecimento, ao ágio, à fuga de capitais e de investimentos, até a hiperinflação. Bem que a Argentina poderia ter aprendido com os nossos erros e os seus próprios erros do passado já que eles também tiveram hiperinflação. Mas não o fizeram. E insistem na fórmula Bolivariana de fortalecimento do Estado incompetente. A cada canetada abutre de Dona Cristina, o dólar paralelo dispara em Buenos Aires, já chegando a quase o dobro do oficial. Faltou dizer que tudo é culpa dos outros, é claro. Talvez culpa daqueles que inocularam câncer em dignatarios Bolivarianos…

A rivalidade que temos com o povo argentino é no fundo uma mera brincadeira que se atém ao futebol. O problema é que eles são realmente muito bons e cada jogo de futebol contra a Argentina é para nós sempre um sofrimento. O argentino é um povo amável que sempre recebe bem os brasileiros visitantes, mas que as vezes nos frustram com a sua ruidosa alegria quando vêm ao Brasil. Nós certamente devemos causar igual frustração quando visitamos Buenos Aires. O argentino é um povo amigo, mas não se pode dizer o mesmo do seu atual governo. O governo Kirchner não é amigo do Brasil, sempre boicotando-nos em nossas aspirações políticas na ONU. Também não é amigo dos Estados Unidos, este por ser a evidencia latente de que o Bolivarianismo não funciona e vai causar (ainda mais) sofrimento.

É inevitável que levará algum tempo até que o povo argentino arrume a sua casa e expurgue o câncer Bolivariano. Só espero que o Basil siga o seu curso, associando-se à União Européia e aos Estados Unidos. E que não deixe que idéias retrógradas continuem atrasando o nosso desenvolvimento. Por conta do Mercosul, a Argentina tem tornado-se uma bola de ferro acorrentada aos pés do Brasil, impedindo a sua busca por mercados relevantes. Fala sério!

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Desinformação? Falácia? Ou ambos?

Faço menção à notícia veiculada pelo Jornal da Globo de ontem 30 de janeiro de 2014 (seção do Renato Machado):

“Estados Unidos Fortalecimento reforça fuga de capital de emergentes Brasil, Índia, Indonésia, África do Sul e Turquia estão com problemas por causa do fim progressivo à economia americana, promovido pelo FED. Por causa disso, os cinco países ficaram mais frágeis economicamente.”

 

A notícia é uma falácia. Tendenciosa. Que a redução do estímulo à economia americana (“tapering”) terá suas conseqüências, isto ninguém questiona. Mas, estes países (o grupo dos 5 fracos) já estavam vulneráveis por conta dos seus próprios abusos fiscais, dos seus desequilíbrios entre receitas e despesas que levaram a déficits crescentes, à inflação ascendente e a altas taxas de juros, sem falar no populismo e na demagogia que enfraqueceram os seus fundamentos macroeconômicos trazendo perda de credibilidade e fuga de capitais. Por que o mesmo não ocorre com a Rússia, a China e tantos outros países emergentes? Porque foram mais responsáveis e fizeram melhor o seu dever de casa. O curioso é notar que quando o Federal Reserve (FED) iniciou o estímulo à economia (“Quantitative Easing” – QE), ele foi criticado. Agora que ele retira gradualmente o dito estímulo, ele também é criticado…? Me faz lembrar nos anos 80 os exaltados brados heróicos contra o pagamento da dívida externa, como se aquilo fosse a solução mágica para resolver todos os problemas do Brasil. O curioso é que naquela ocasião, o Brasil já estava inadimplente e já não pagava a sua dívida externa… O problema agora será quando não conseguirem mais encontrar culpados externos para explicar as nossa mazelas, como acontece com os nossos vizinhos Argentina e Venezuela. Aí talvez a solução seja atacar a imprensa, os bancos (ora, é sempre bom culpar os bancos não é mesmo?), ou talvez acusar os americanos por inocular (não se sabe como, mas também não importa) câncer em dignitários bolivarianos… Fala sério!

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O Brasil espionando? Pegou mal, né dona Dilma?

Ainda sobre a ultrajante espionagem que a senhora tanto ruido fez, não era segredo nenhum que todos espionam e que nós não éramos a virgem do cabaret… Mas, a senhora viu aí uma excelente oportunidade política de aparecer, de subir à tribuna da Assembléia Geral da ONU e defender os interesses do país. Ato heróico esse! Comovente, para os desavisados e para os inocentes úteis. E, como a senhora cresceu em defesa da nova ordem mundial, do Socialismo Bolivariano sem as bisbilhotisses ianques! Tudo perfeito! Na imprensa, amplo destaque. Era a sua hora de mostrar projeção internacional. Afinal, quem tem coragem de apontar o dedo e enfrentar o gigante capitalista? Até então, apenas líderes inexpressivos como o Kadafi, o Ahmadinejad, os Kim Jongs, o Hugo Chávez e seus assemelhados. Mas a senhora achou que o momento era seu. E fez uso dele. Super presidenta, hein? Verdadeira ‘Dom Quixota’ com sua lança combatendo os moinhos de vento, seguindo as instruções do seu mentor e antecessor Sancho Pança.

Mas não seria tudo tão simples. Como nós dissemos anteriormente, todos bisbilhotam. E agora que a bisbilhotagem brasileira é revelada ao mundo, fica o constrangimento. Caspa, eu? A senhora espionou até seu amigo Ahmadinejad?!?! Seus  amigos russos que queriam lhe vender aviões? E até os ianques capitalistas?! Tudo isso em nome dos interesses nacionais? Mas pode? Não era disso que a senhora se queixava? Então como sair dessa agora? A senhora provavelmente vai dizer que não sabia de nada. Mas ainda assim pegou muito mal. É que agora passamos por hipócritas e dissimulados. A sua sorte é que as massas provavelmente não vão nem perceber, ou associar os fatos. E a imagem da sua defesa quixotesca na ONU pode até permanecer. Mas se não for bem assim, por favor não tente copiar a idéia do seu guru bolivariano Nicolás Maduro, que acabou de criar o Ministério para a Suprema Felicidade Social para combater a amargura popular. E antecipou por decreto o Natal. Isso poderia até desviar a atenção por algum tempo, mas seria o seu quadragésimo ministério… Por outro lado, um ministério a mais ou a menos, que diferença faz? Fala sério, dona Dilma!

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Me engana que eu gosto! Fala sério, dona Dilma…

Em plena corrida eleitoral, é esperado que o nível de falácias, cinismo e manipulacão de dados econômicos aumente. A seguir uma breve discussão de dois deles…

A inflação de 2013 ficará dentro da meta… É provável até que fique. Mas seria honesto contar a história toda e dizer que esse resultado é (i) fruto do aumento da taxa básica de juros (SELIC) que já está em 9.5% a.a. (entre as mais altas do mundo), devendo aumentar ainda mais até o final do ano, (ii) que a cotação do real está contida por US$ 100 bilhões em swaps cambiais e venda de linhas (a desvalorização do real pressiona a inflação), (iii) que os preços administrados (eletricidade, transporte, gasolina dentre outros) estão represados por razões políticas gerando uma bolha que vai acabar sucateando as empresas e/ou gerando mais inflação lá na frente. Seria também honesto explicar que a inflação ascendente que o Brasil tem hoje é fruto (i) do aumento excessivo do crédito público (o mais recente foi a permissão do uso do FGTS para compra de casa própria que saltou de R$ 500 mil reais para 750 mil – ah, o que não faz uma eleição presidencial?), (ii) dos vários pacotes de aumento de consumo a custa de renúncia fiscal, (iii) da redução acelerada da taxa de juros (promessa de campanha, né, dona Dilma?) ferindo princípios econômicos, a credibilidade e a independencia do Banco Central, agora tendo que reverter tudo…

– A Balança comercial tem ‘superávit’ acumulado de US$ 2,6 bilhões em 2013, na verdade ‘deficit’ de US$ 2,1 bilhões se subtraídas as exportações (legais, mas apenas contábeis) de plataformas da Petrobrás que não sairão do país. Uma pena! Um país exportador de matérias primas com déficit na balança comercial??? Em 2011, houve ‘superávit’ de aproximadamente US$ 30 bilhões. Em 2012, ‘superávit’ de US$ 19 bilhões e, em 2013, ‘déficit’!!! Note que não estamos falando do resultado da ‘conta corrente’ que em 2013 chegará a quase US$ 80 bilhões… De déficit! Menos dolares entrando no país acabam desvalorizando o real, o que acaba pressionando a inflação (de volta ao ítem acima)… Tudo isso é fruto de política populista (subsídio à gasolina, dentre outros), falta de infraestrutura, baixa competitividade, e o custo Brasil (impostos elevados, etc). Essa agressão ideológica a princípios macroeconômicos básicos tem seu preço e a conta sempre é apresentada no futuro. Me engana que eu gosto! Fala sério, dona Dilma…

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Tu quoque, Brute? Espionagem canadense? Fala sério…

E agora, dona Dilma? Vai voltar à ONU para queixar-se da espionagem canadense? Aproveite e já se prepare para queixar-se também dos russos, dos chineses, dos ingleses, e de todo o mundo… Não vou repetir o meu discurso, mas todos sabem que espionagem sempre existiu, existe e existirá. E pedir à ONU uma resolução contra a bisbilhotisse, parece tão absurdo quanto pedir uma lei que acabe com terremotos e furacões. Ou pelo menos os regulamente… Não vai funcionar… Ao invéz de ficar resmungando, porque não nos preparamos para enfrentar o óbvio e o inevitável, digo, a bisbilhotisse. Se existe algum país no mundo que atrai interêsses internacionais por motivos óbvios, este país é o Brasil. Então, que nos preparemos! E em silêncio! Para que os bisbilhoteiros não saibam o que estamos fazendo. Continuar resmungando não resolve. Em verdade, os resmungos somente nos envergonham. Fazem com que pareçamos ‘a virgem do cabaret’, além de despreparados e incompetentes.

Enquanto isso, continuam os nossos problemas… Como esperado, a nossa petrolífera teve a sua avaliação de crédito devidamente rebaixada em função dos abusos populistas do seu governo, que insiste em fazer dela o que Chávez fêz da PDVSA. Nosso BC insiste em por em risco a sua credibilidade, escandalizando o mercado com diretores declarando que supevarits primários já não são tão necessários como antes (num momento em que o Brasil foi, dentre os BRICs, o país que mais aumentou a sua dívida pública bruta), e com o seu presidente virando garoto propaganda do governo, fazendo previsões questionavelmente otimistas sobre a economia o que não deve ser o seu papél. Nossa moeda estabilizou-se por ‘esteróidicos’ US$ 100 bilhões em swaps cambiais e juros ascendentes. Qual será o impacto disso no futuro? Nossas excrescências viajam o mundo em publicações críveis e seculares que a senhora tenta, em vão, desqualificar. A criminalidade continua aumentando a passos largos (são quase 150 homicídios por dia, já somos o sétimo país mais violento do mundo) e a qualidade da educação vai esvaindo-se pelo ralo. A suprema corte perpetuou a impunidade com o fiasco do mensalão. E tem até ex-presidente lamentado-se pela nomeação de juízes supremos, que o condenaram e depois arrependeram-se. O que mais poderia faltar, além das dezenas de bilhões de reais que bancos estatais emprestaram para o Batista e que vão virar prejuízo? Ah, os médicos cubanos… Afinal, esta é mais uma forma de transferência de renda (além das contabilizadas em ‘caráter sigiloso’) do sofrido povo brasileiro para ‘os donos’ de Cuba, os ditadores Castro. É caridade com chapéu alheio…

Mas, a sua sorte, dona Dilma, e o azar do Brasil, é que a oposição não parece articulada e isto provavelmente vai lhe garantir mais um mandato. É bastante tempo para um governo acéfalo, sem rumo, sem estratégia e que insiste em buscar inspiração em republiquetas de banana, países falidos, ditatoriais, que cultuam idéias mortas, acreditando que a socialização da miséria é melhor do que a geração de riqueza. Num dêles, na Venezuela Chavista-Bolivariana, até papel higiênico virou artigo de luxo…

 

 

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Testou a paciência alheia hoje, não foi mesmo dona Dilma? Dilma discursa na ONU!

Ouví o seu discurso de hoje na Assembléia Geral da ONU, dona Dilma. E a senhora falou bastante e com altivez, apesar de ter-se enrolado em algumas palavras difíceis como Quênia (não ‘cuênia’ como a senhora pronunciou) ou ‘masnisfestantes’… Sorte que a senhora falou em português, aí poucos notaram… Na platéia, houve quem limpasse o ouvido, coçasse o nariz, ou até enviasse textos, aparentemente sem muito interêsse pela sua fala… Perda deles, certo?

Mas a senhora estava mesmo cheia de razão! Pedindo ao mundo que não deixasse que espionagens acontecessem ao mesmo tempo em que dizia que nós sabemos nos defender… Me pareceu um pouco contraditório… O que foi que eu não entendi? Se sabemos nos defender, porque temer a bisbilhotagem alheia e reclamar na ONU? No mundo real, quero dizer, na iniciativa privada – aquela que carrega o mundo nominal (o setor público) nas costas – quando existe um caso de bisbilhotagem, o bisbilhotado normalmente apura o que aconteceu em silêncio e aprende com o ocorrido para evitar bisbilhotagens futuras. Não se sai por aí lamentado-se deste mundo cruel e bisbilhoteiro… Ao contrário, lamentar-se é admitir despreparo e incompetência num jogo em que a bisbilhotisse sempre aconteceu (vide ‘os olhos e ouvidos do rei’ desde os tempos de Hamurabi há quase dois mil anos antes de Cristo, ou até mesmo quando Herodes seguiu os Reis Magos). Sempre houve, dona Dilma, e sempre haverá. Até a troca de bisbilhoteiros de tempo em tempo é considerada normal entre os que entendem as regras do jogo. E nas embaixadas, como se explicam as adidâncias (comerciais e militares) senão instrumentos de inteligência? É mais normal do que parece, não é mesmo, dona Dilma? E eu não estou defendendo a sua existencia ou não, mas o fato é que sempre existiu, existe, e sempre existirá. Na verdade, dona Dilma, este problema para a senhora caiu do céu. Quantos frutos políticos a tirar do povo despreparado e ignorante? Afinal, como diz o ditado popular, ‘o que é obvio para o povo está obviamente errado’…

O seu discurso, como sempre, foi mais ideológico que pragmático (é isso aí, Marco Aurélio!). Com certeza, êle vai garantir um telefonema congratulatório do Raul, da Cristina, do Evo, do Mujica, do Rafael e de toda a sua ‘rapeize’… Mas, êle não vai resolver o prejuízo da nossa petrolífera que já queimou mais de 30% do que levantou no IPO, ou do nosso setor sucro-alcooleiro que agoniza com a sua política populista e demite a rôdo com a quebra de destilarias, ou melhorar a nossa competividade industrial engessada pela altíssima carga tributária, ou mehorar a nossa balança comercial. Sorte sua, dona Dilma, que estes discursos se esquecem rápidamente. Ninguém vai, portanto, lembrar que nós já dissemos neste fôro que iríamos suprir o mundo com o álcool renovável… Já não mais…? Que vergonha!

É, dona Dilma, aproveite este seu momento de glória por que o glamor do discurso passa rápido, mas os nossos problemas que a sua política populista criou, estes sim, permanecerão. Por muito tempo…

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Quem é o culpado pela desvalorização do real? Fala sério, Mantega…

Me causa espécie ler as declarações do senhor Guido Mantega sobre a desvalorização do real frente ao dolar norte-americano, de quase 20% desde maio de 2013. Tudo culpa do cenário internacional, é claro. É que a possibilidade do Federal Reserve (FED) iniciar o “tapering”, ou seja, a retirada gradual do estímulo monetário de compras de bônus de USD 85 bilhões por mês e o possível aumento das taxas de juros nos EUA em função da recuperação da economia local, atrairá capitais de lugares percebidos como menos seguros, incluindo-se aí os mercados emergentes. O dolar tem, portanto, valorizado-se contra várias moedas, pricipalmente as de países emergentes exportadores de commodities, como o Brasil. É também sabido que os BRICs tem tido crescimento econômico decepcionante (o nosso, o pior de todos), o que, mais uma vez, afugenta o capital. Mundo cruel, este em que vivemos…

Em verdade, tudo isto é verdade. Mas, também é verdade que isto explica apenas parte do nosso problema. Por que ninguém fala da outra verdade? De que o nosso modelo de consumo causou um pico de inflação que assustou a todos, principalmente o investidor estrangeiro – o capital, que saiu do país, desvalorizando o real? Por que não se fala que a nossa falta de infraestrutura prejudicou a exportação da safra recorde, resultando em cancelamento de contratos de exportação e prejudicando a entrada de dolares? Com que rapidez deixamos de ser a “darling” do mercado internacional para ser, mais uma vez, uma decepção (sem falar no prejuízo da Petrobrás, Eike, etc). Por que não se mostra que a nossa balança comercial há muito não esteve tão mal por conta de importação de gasolina subsidiada (a la Hugo Chávez)? Por que não se fala que a crise de confiança que explodiu com os protestos recentes ainda não calou – nada mudou! E o capital externo percebe isto! Por exemplo, no campo econômico, vê-se aumento de juros de um lado para frear a inflação e o aumento do crédito e os altíssimos gastos públicos, do outro, jogando lenha na fogueira da inflação… Estamos apagando fogo com gasolina… E já usamos os equivalente a 10% das nossas reservas internacionais tentando inutilmente frear a alta do dolar, com medo do seu efeito adverso na inflação… No campo político, bem, aí é melhor nem falar, todo mundo sabe…

Apesar do ar recente de tranquilidade do senhor Mantega e da senhora Dilma, parece que continuamos rodando em círculo feito baratas tontas, perdidos, sem visão estratégica, e culpando o mundo pela desvalorização do real – ou melhor, pela valorização do dolar… Mundo cruel! Se continuar assim, o real vai virar mantêga… Fala sério!

Link adicionado posteriormente a data da publicação deste blog apenas para informação.

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Dilma Tenta Desvirtuar a Lei de Responsabilidade Fiscal

“Jeitinho” com a Lei de Responsabilidade Fiscal…? Fala Sério, Dona Dilma…

É inegável a necessidade de um setor público eficiente num estado civilizado. No Brasil, infelizmente, êle se tornou um grande entrave ao desenvolvimento. Perdulário, irresponsável e inconsequente, o setor público brasileiro é empreguista, burocrático e compete com o setor produtivo por recursos humanos e financeiros, encarecendo artificialmente os salários e o preço do dinheiro (taxa de juros). Na verdade, o Brasil conseguiu criar dois mundos diferentes e antagônicos – o mundo nominal ou ilha da fantasia (setor público), e o mundo real ou setor produtivo que é a iniciativa privada – aqueles que pagam pesados  impostos, que carregam todo o país nas costas, incluindo o mundo nominal…

O país tem conseguido se desenvolver como consequência da teimosia do mundo real, apesar do mundo nominal. A LRF foi um instrumento importantíssimo para impor o mínimo de disciplina fiscal que o administrador público deve ter em um país civilizado. Com ela, o Brasil melhorou suas contas públicas e ganhou alguma credibilidade. Causa extrema tristeza, mas não surpresa, ver a Dona Dilma propor remendar a dita lei para permitir ao mundo nominal aumentar o seu nível de endividamento (além do permitido pela LRF) e com isso investir em transporte público – o que, de fato, já deveria estar fazendo com a altíssima carga tributária em vigor que penaliza o país. Mas não faz o suficiente. E o povo sofre. E protesta. Permitir maior endividamento para uma boa causa é como achar que bebida de qualidade não causa embriaguez. O honesto é o mundo nominal arrumar as suas finanças e investir em transporte com o que arrecada.

Se a Dona Dilma insistir na “rota do jeitinho”, do remendo, por que então não aumentar o endividamento público para investir mais em educação? E saúde? E segurança? Todas são causas muito nobres. Mas o mundo real já paga uma ultrajante carga tributária (entre as maiores do mundo) para tudo isso. Achar que isso vai calar protestos não é inteligente. Como diz o ditado popular, “O pior cego é aquele que não quer ver”!

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,dilma-estuda-alteracao-fiscal-via-senado,1060219,0.htm

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Foi gostosa a festa do consumo, não foi mesmo, Dona Dilma?

É D. Dilma, foi gostosa a festa do consumo, não foi mesmo? Todo mundo dirigindo carro, entupindo as ruas, aumentando a poluição do ar e doenças respiratórias, tudo a custa de renúncia fiscal e importação de gasolina, queimando nossos suados dólares – seguindo a fórmula do Sr. Hugo Chávez que gastou mais subsidiando importação de gasolina do que em educação e saúde. Belo exemplo! Mas um dia a festa teria que acabar e a Sra. sabia disso, não é mesmo? Afinal, não dá pra brincar com economia e matemática – mesmo nos trópicos, 2+2=4. O triste é que bastava manter a fórmula que estabilizou o país e que foi copiada e mantida pelo seu mentor. Por outro lado, é fácil entender o seu dilema: consumo tem efeito imediato – dá voto, enquanto que infraestrutura é investimento de longo prazo – “não aparece”, ou dá voto para quem vier depois… É, agora têm que devolver tudo (aumentar os juros, desvalorizar a moeda (queimando toneladas de reservas internacionais para tentar manter o seu valor), lidar com inflação ascendente, deficit na balança comercial, e, até, protestos nas ruas). Afinal, todo populismo tem vida curta. E a Senhora sabia disso, não é mesmo, D. Dilma?

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