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A Maior Amiga do Adolfo

O Brasil sempre primou por ter uma diplomacia de altíssimo nível, consistente com a reputação internacionalmente reconhecida do Instituto Rio Branco. Posicionamentos externos coerentes, sempre buscando respeitar a política de não interferência em assuntos internos de outras soberanias. Sempre nos auto-avaliamos, ainda que exageradamente, como um país simpático, anti-imperialista e, eu cheguei até a ouvir, que países vizinhos nos pediam que os liderássemos. Doce ilusão. Talvez até dissessem isto de forma meramente diplomática, mas, na verdade, é ingenuidade supor que alguém urge ser liderado. Por muito tempo, esta foi a nossa política, de tolerância, nem sempre muito pragmática, mas sempre tentando conquistar o respeito internacional e a tão sonhada vaga no Conselho de Segurança da ONU. Para tanto, mandamos tropas ao Haiti, ao Timor Leste, dentre outros. Infelizmente, fizemos simultaneamente a opção pela inconsistência bolivariana do PT que nos custaria tão caro. Falamos em democracia, mas fizemos uma aproximação umbilical com Ahmadinejad, com ditadores africanos, com os bolivarianos Hugo Chávez, com Cristina, com Correa, com os ditadores Castro, e com outros seres da mesma estirpe. Parecemos o João Grandão dos desenhos animados – temos apenas tamanho, sem liderar ninguém, por absoluta falta de capacidade. Fazemos concessões no incipiente Mercosul, cujo segundo maior membro sempre fez de tudo (e sempre o fará) para bloquear as nossas aspirações na ONU e travar o comércio bilateral. O Mercosul é hoje uma bola de ferro atrelada aos pés do Brasil, retardando o seu desenvolvimento, a sua integração com mercados relevantes. Tentamos então comprar o respeito que não conseguimos conquistar, desviando o dinheiro do povo brasileiro para financiar obras em Cuba, Venezuela, e perdoando dívidas de ditadores africanos.

E promovemos a reunião dos BRICS. Que fiasco! A ditadura mandarim, como sempre, com a sua própria agenda – para eles, perdemos a sede do recém criado banco dos BRICS. Quando vamos aprender que para os mandarins só importam os seus próprios interesses? Para o Putin, proporcionamos um palco já que ele vinha há algum tempo falando sozinho. E até para os indianos perdemos a presidência do dito banco. E, como se não bastasse, a Índia ainda, na calada da noite, nos apunhalou bloqueando um acordo importantíssimo da Organização Mundial do Comércio (OMC), que aumentaria o PIB mundial em alguns trilhões de dólares, favorecendo bastante o Brasil… Fomos os próprios bobos da corte. Permitimos até que dona Cristina, que não deveria ter participado de tal evento, roubasse a cena com o seu populismo inadimplente, sem falar nas falas imaturas do Maduro.

E continuamos insistindo nas escolhas erradas. Ah, e como ficamos bons nisso! Agora damos apoio (ora explícito, ora silencioso) aos anseios belicosos do senhor Vladimir Putin (ou deveríamos chamá-lo de “Adolfo” Putin?). Isto, ao contrário do que vem fazendo o mundo civilizado, que tenta evitar a Terceira Guerra Mundial. Mas, a nossa estratégia agora é outra. Como não conseguimos comprar apoio e respeito com os recursos públicos desviados para “los amigos bolivarianos”, tentamos agora vender apoio e respeito. Ou seja, apoiando Putin, “lucraremos”, por que ele comprará de nós tudo o que o mundo civilizado se recusar a vender para ele. Tudo pelo lucro! Tudo por dinheiro! Hipotecamos a nossa alma, a nossa dignidade por um dinheiro que já vem manchado de sangue (vide a queda do vôo MH17). Perdemos de vez o respeito  do mundo civilizado e nos tornamos realmente irrelevantes para quem importa. Certamente não para “los amigos bolivarianos”, que continuarão usufruindo das nossas riquezas e nos apunhalando politicamente pelas costas. Dona Dilma é agora a maior amiga do Adolfo, digo, Vladimir, Putin. Que vergonha! Fala sério…

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